Bibliofilia: Amor por livros e por ler. O Bibliófilo ama ler e sente devoção pelos livros, colecciona-os e admira-os.

31/12/2010

Aquisições de Dezembro

No último dia do mês, e também o é do ano, faço o balanço das aquisições de Dezembro. Não me posso queixar, o Natal foi bom para mim, ou devo dizer que os meus familiares foram bons para mim. Este ano recebi livros! Weee! 
Entre ofertas e compras pessoais, apresento-vos os recém-chegados à Pilha:



Com a revista Visão, por 1,90€: O Estranho Caso de Benjamin Button, de F. S. Fitzgerald e Precious, de Sapphire. 
A Caixa em Forma de Coração, Joe Hill
A Senhora de Shalador, Anne Bishop (lido)
O Homem do Castelo Alto (lido). A encomenda foi de Novembro, mas os livros só chegaram em Dezembro.



As ofertas:
Flashman, A Odisseia de um Cobarde, George MacDonald Fraser (oferta na compra dos dois anteriores)
A Luz Miserável, de David Soares (passatempo Esmíuça o Livro)

As Prendas de Natal:
Os Pilares da Terra, Ken Follet
A Lança do Deserto, Peter V. Brett
Deixa-me Entrar, John Ajvide Lindqvyst
Servidão Humana, Somerset Maugham
A Rainha no Palácio das Correntes de Ar, Stieg Larsson

Confirma-se que a pilha das ofertas é bastante superior à das compras, o que indica que estou no bom caminho. 

Todo este volume literário muito bem guardado pela fera de serviço, por isso nada a temer :)

30/12/2010

Balanço 2010

Pois é, final de ano e tal.. 
Já que, no que aos livros diz respeito, já fiz as resoluções de ano novo, só me falta fazer o balanço de 2010. Sem mais delongas:

2010 foi o ano do Acordo Ortográfico. Apesar de ainda não estar em vigor, o (des)acordo chegou este ano e causou muito pânico aos amantes da Língua Portuguesa e da literatura, aos mais patrióticos ou aos simples cidadãos. Eu paniquei. Eu admito. Paniquei, e paniquei bem. (oh oh, esta palavra não existe nem no acordo nem fora dele, mas qualquer dia já existe, porque a Língua é mutável eheh. À excepção do Latim, claro, e às tantas é por isso que lhe chamam uma língua morta). Revoltei-me e reclamei, e voltei a revoltar-me com pérolas do género: "eu vou continuar a escrever como quero!" e "eu vou escrever sempre facto com o 'c'!". Mas isso descobri eu depois. Foi quando me disseram: E ainda bem, até porque de facto, facto escreve-se facto. Com acordo ou sem ele. Oh diabo... pensei eu, afinal ando enganada.

Porque a internet é uma fonte de informação inesgotável (entre outras coisas), e eu estou sempre a aprender com ela. Ou melhor, com outras pessoas melhor informadas que eu, com as quais me meto à conversa na net. A minha opinião em relação ao Acordo amadureceu, e o pânico foi-se. A culpa da minha ansiedade inicial, acuso e aponto o dedo, foi da catastrófica comunicação social, que desinforma habilmente a população. Acredito que não "vamos passar a escrever em brasileiro", nem de perto nem de longe. As alterações não são assim tão gigantes e são perfeitamente naturais. Li uns 3 ou 4 livros (pelo menos) traduzidos para a Língua Portuguesa ao abrigo das novas regras do Acordo, e só num deles é que me apercebi claramente das alterações. Outro houve em que me apercebi, mas apenas porque a meio da leitura soube que já estava escrito com as novas regras, e tratei de escaranfunchar todos os parágrafos daí em diante à procura dos "c" invisíveis, que acabei obviamente por encontrar.

Se preferia que as coisas se mantivessem iguais? Claro. Mas não acho que seja motivo para pânico nem revoltas, muito menos arritmias literárias, principalmente porque ninguém vai ser obrigado a escrever segundo as novas regras, e as grafias anteriores ao Acordo serão aceites na mesma e consideradas igualmente correctas. 
Em suma, eu e praticamente toda a gente da minha geração e anteriores, vamos continuar a escrever como aprendemos e achamos bem. Quer seja porque somos contra ou porque burro velho não aprende línguas. Mas as gerações mais novas vão aprender na escola uma grafia mais adequada ao português que falam e que se falará nas próximas décadas.


Quanto à leitura per capita, e voltando ao balanço...

Li 43 livros em 2010. Mais do que em 2009 certamente, apesar de ter sido a primeira vez que contabilizei. 
Considerando o aumento na quantidade de literatura por metro quadrado cá de casa, e também das leituras per capita, devo dizer que em termos que quantidade não foi um ano nada mau. 

Igualmente, em termos de qualidade, 2010 foi um ano de boa colheita, por assim dizer.  Li excelentes livros ao longo deste ano. Alguns, não tenho dúvidas, tornar-se-ão com o tempo em favoritos de sempre. Apesar de todos os esforços, também li alguns livros que foram perdas de tempo. Nunca se consegue escapar totalmente às uvas podres, e pior são aquelas que até tinham bom aspecto.  
Segue a lista, no meu entender, claro:


O Melhor de 2010: 

(sem ordem definida)

A Sombra do Vento, Carlos Ruiz Zafón
Os Leões de Al-Rassan, Guy Gavriel Kay
A Canção de Kali, Dan Simmons
Duna, Frank Herbert
Os Homens que Odeiam as Mulheres, Stieg Larsson
A Rapariga que Sonhava com uma Lata de Gasolina e um Fósforo, Stieg Larsson
A Mulher do Viajante no Tempo, Audrey Niffenegger
O Físico, Noah Gordon
O Dardo de Kushiel e A Marca de Kushiel, de Jacqueline Carey
A Senhora de Shalador, Anne Bishop

O muito mau:
(vulgo, por que raio é que eu li isto?)
Darwinia, Robert Charles Wilson
Comer, Orar, Amar, Elizabeth Gilbert

As surpresas positivas:
Guerra Mundial Z, Max Brooks
Eu Sou a Lenda, Richard Matheson
A Canção de Kali, Dan Simmons

As desilusões:
Pátria, R. A. Salvatore
O Mago, Raymond E. Feist
O Evangelho do Enforcado, David Soares
O Festim dos Corvos, George R. R. Martin



A lista completa está na página Leituras 2010, no topo do blog. Lamentavelmente, só li 3 livros de autores portugueses. Pergunto-me: como é possível!? Que vergonha! É um dos objectivos para 2011, sem dúvida! Nunca se publicou tanto livro em Portugal, e as editoras estão a apostar, e bem, em jovens autores portugueses, principalmente no género do fantástico (tão inflamado nos dias que correm!). Há vários nomes de novos autores (alguns novos para mim, e outros verdadeiros estreantes) que tenho debaixo de olho, e não apenas por serem portugueses, mas porque me parecem verdadeiramente bons. E não se pode desperdiçar o talento nacional. Há que ter em atenção o PIB e comprar nacional.

Falando em PIB.. Quanto ao balanço financeiro do vício... Não quero fazê-lo! Até porque ainda quero ler muitos livros antes de morrer, e se fizesse as contas ainda entrava em paragem cardio-respiratória e a gata da foto ficava orfã, e ela não gosta de mais ninguém a não ser eu (e mesmo assim é só às vezes hihi).

Fica apenas a nota, pequenina, que tenho uma boa pilha para ler, e tenciono acabar com ela em 2011 (serve?). Ah, e que as minhas estantes estão cada vez mais bonitas :)

Desejo a todos umas excelentes entradas em 2011, e boas leituras.

27/12/2010

Pátria, R. A. Salvatore




Pátria, R. A. Salvatore
Título original: Homeland
Núm. páginas: 304
Editora: Saída de Emergência

Sinopse: Nas profundezas da terra e rodeada de trevas eternas, esconde-se a imensa cidade proibida de Menzoberranzan. Habitada pelos drows, os temidos elfos negros, Menzoberranzan é governada por um complexo sistema de Casas em constante batalha. No meio de uma dessas batalhas nasce uma criança com olhos cor púrpura. A criança, Drizzt Do'Urden, destinada a tornar-se príncipe de uma das Casas, cresce num mundo vil onde a sua própria família não hesita em conspirar, trair e assassinar. Surpreendentemente, Drizzt desenvolve um sentido de honra e justiça completamente estranho à sua cidade. Mas haverá lugar para ele num mundo onde a crueldade é a maior virtude? Venha descobrir Drizzt, o elfo negro, uma das personagens mais lendárias da fantasia. E acompanhe-o na épica e intrépida jornada para longe de um mundo onde não tem lugar... em busca de outro, na superfície, onde talvez nunca o aceitem.



Opinião: Menzoberranzan é a enorme e subterrânea cidade, domínio dos Drows, os elfos negros. Nesta sociedade malévola e negra, tudo é permitido, até arrancar olhos, desde que não se seja apanhado. Começamos a história numa altura que antecede o nascimento do herói desta história, mas os acontecimentos que levam ao nascimento e crescimento desta criança são forjados na verdadeira essência dos Drow: Drizzt Do’Urden nasce no seio da batalha de extermínio de uma casa rival da sua família, sendo a energia e a força provenientes do parto canalizadas para a batalha pelas sacerdotisas que são sua a mãe e suas irmãs. O bebé deveria ter sido sacrificado à terrível deusa das aranhas, Lolth, em nome da batalha, mas no meio de vitória e assassínio, é permitido que viva. 

Mas este rapaz que nasce de olhos púrpura cedo se revela diferente dos restantes drow, e não apenas na cor dos olhos. Guerreiro excepcional e jovem inteligente, Drizzt surpreende pelo seu sentido de honra e coração pleno de luz, num subterrâneo mundo de escuridão. 

Este livro faz parte de uma trilogia que tem como cenário o universo de fantasia Forgotten Realms, que é um universo do jogo RPG (Role Playing Game) Dungeons & Dragons (D&D). Este foi o meu primeiro contacto com o universo D&D, que nunca joguei. No entanto, arrisco dizer que a muitos dos jogos RPG de fantasia que foram lançados na última década ou mais foram de alguma forma influenciados por D&D. Já passei muitas e muitas horas em jogos de fantasia, e muitos deles RPG’s, e sou uma apreciadora do género.

Neste caso em particular, ao contrário do que muitas vezes acontece, foi o jogo que deu origem aos livros, e eu senti isso tão claramente enquanto lia, que se me tivessem dito não teria acreditado. Houve ocasiões na leitura em que ficava com a nítida sensação de que deveria preparar as teclas das skills para a batalha que se antecipava. Foi uma sensação deveras estranha (nunca pensei em vir a “ler um jogo”), mas não foi de todo negativa. Se há coisa que os melhores RPG’s de fantasia têm é um universo bastante complexo e bem estruturado, com personagens bem construídas e com carisma. E como tal, também tudo isso tem este Pátria. 


A sua personagem principal, Drizzt cativou-me desde o início, bem como as intrigas da sociedade dos Drow, em Menzoberranzan (e fora dela) e a sua fiel companheira Guenhwyvar, a pantera de ónix. 

Apesar de todos estes pontos positivos, senti que de alguma forma o livro deixou algo a desejar. Talvez esperasse algo mais literário e mais profundo. Gostei desta leitura, e irei sem hesitação ler a continuação quando se proporcionar, mas posso dizer que ficou abaixo das minhas expectativas. Mas recomendo a qualquer amante de fantasia. Uma nota muito positiva para as cenas de lutas, com descrições precisas e detalhadas, sem serem exaustivas e aborrecidas. 

O melhor: Dritzz Do’Urden (a personagem e o nome).
O pior: O ritmo arrastado da primeira metade do livro.


3/5 - Gostei

22/12/2010

Boas Festas

A Bibliófila deseja-vos umas Festas Felizes, com momentos bem passados e muitos presentes na estan.. er.. no sapatinho! 
^.^ 





21/12/2010

Compromisso Literário 2011


Com o ano quase a acabar as chamadas resoluções de Ano Novo começam a surgir como cogumelos, e como este espaço também é terreno fértil, eu também tenho algumas!

1. Em primeiro lugar, gostava de ler mais. Há tantos livros que quero ler, e tão pouco tempo para o fazer. Já dizia o poeta… Li em 2010 mais do que li em 2009, e espero que a tendência se mantenha.

E agora começam as resoluções em cadeia.

2. Relacionada com a resolução anterior, decidi que vou (tentar) exterminar a minha lista de livros por ler que tenho cá em casa. A Pilha, como carinhosamente a chamo, já tem andares a mais!

3. Além de ler mais, gostaria de variar mais as minhas leituras. Como fan de fantasia que sou, reconheço que acabo por me manter muito agarrada a este género. Como tal, à semelhança de outros blogs, vou impor a mim própria uma relativa variabilidade de obras e autores.

Atribuí a cada mês um tema/género, por uma ordem totalmente aleatória (à excepção de Dezembro), tentando ao máximo variar as minhas leituras e ao mesmo tempo aproveitar os livros que já tenho na estante. Sim, porque a última resolução literária para 2011, que vai de encontro à nr 2, é diminuir a compra de livros. Vai ser difícil resistir às promoções malucas que as lojas online e editoras andam sempre a fazer ultimamente (o que é que lhes deu?!), mas eu sou mais forte que os senhores do departamento de marketing!

Deixo aqui o meu compromisso literário de 2011. Em breve farei a lista (mais ou menos) definitiva dos livros que tenho por cá em cada um dos géneros. No fim do ano logo veremos se cumpri o meu compromisso!

1 - Autores Sul-Americanos
2- Policial/Thriller
3- Divulgação Científica
4- Romance Histórico Português
5- Ficção Cientifica
6 - Autores da Nova Geração de 70
7 - Terror
8 - Romance
9 - Clássico Universal
10 - Nobel da Literatura
11 - Não Ficção
12 - Novidades 2011

Mas eu continuo a querer ler fantasia (e muitas novidades apetitosas se esperam em 2011), e quaisquer outros títulos que me seduzam em determinado momento. Reparei que leio, em média, 4 livros por mês. Tendo isso em conta, comprometo-me a ler pelo menos um “livro temático” por mês, dois sempre que possível. Mantendo assim o tempo livre para o que me apetecer ler. Era capaz de começar a experienciar sintomas físicos de ressaca ao fim de uns 45 dias sem fantasia.
Vamos ver no que isto vai dar. Sintam-se à vontade para fazer sugestões ou alinhar!

Boas leituras

12/12/2010

O Segredo do Chocolate, James Runcie


O Segredo do Chocolate, James Runcie
Título Original: The Discovery of Chocolate (2001)
Tradutor: Manuel Marques
Nº de páginas: 272 (formato bolso)
Editora: Saída de Emergência (2005)


Sinopse: Diego de Godoy, um jovem espanhol em busca de fama e fortuna, embarca rumo ao Novo Mundo no ano de 1518. Nas Américas luta ao lado de Cortés, o conquistador do México. No meio dessa grandiosa campanha, onde conhece o líder Asteca Montezuma, apaixona-se pela bela Ignacia, uma nativa que o inicia nos segredos sensuais do chocolate.

Apesar das circunstâncias separarem os amantes, Ignacia dá a Diego um elixir e uma promessa: "Se estiveres vivo, então eu estarei viva. Nunca desistas de me procurar."
Acompanhado pelo seu cão, Diego está destinado a vaguear pelo mundo através dos séculos, em busca do seu amor perdido, da perfeição do chocolate e do sentido da vida. No seu percurso pela Europa acompanha os maiores acontecimentos e cruza-se com personalidades como o excêntrico Marquês de Sade, ou o psicanalista Sigmund Freud.



Opinião: O conceito deste livro era promissor. Um jovem espanhol que parte para o Novo Mundo em busca de um presente para conquistar uma bela e rica donzela. Corre o ano de 1518, e Diego de Godoy, com a companhia do seu galgo Pedro, parte na esperança de conseguir encontrar algo que nenhum outro homem pudesse oferecer. No México, acaba por encontrar muito mais: não só conhece o líder Asteca Montezuma como se apaixona por uma nativa. A bela Ignacia seduz Diego com a sua beleza e com o sublime sabor do chocolate.
Os dois amantes são separados pelos acontecimentos que acabam por culminar na queda da civilização Asteca sob o jugo dos espanhóis, e os dois (e o cão) tomam uma estranha e secreta bebida, cujos efeitos Diego só descobre no momento em que se apercebe que passou um século desde a sua separação do seu amor. Começa assim uma longa viagem de Diego pela vida e pelos aromas do chocolate.

Louvo a capacidade do autor de descrever precisamente os aromas do chocolate com notável detalhe. Um verdadeiro apelo aos sentidos, na preparação, confecção e degustação do chocolate. Posso dizer que ele é o verdadeiro protagonista deste livro: o chocolate.
A premissa era boa: um contexto histórico interessante, a introdução de personalidades reais (como o Marques de Sade ou Freud) e o chocolate e as suas origens como pano de fundo. No entanto, senti que este livro ficou muito aquém do que poderia ter sido. As suas personagens foram mal exploradas e perdidas no meio dos acontecimentos da sua vida. A narrativa em tom leve e ligeiro foi inicialmente agradável, um avançar ritmado e levemente descrito como é natural numa fase inicial de introdução do enredo e personagens. Mas quanto mais avançava mais pensava quando é que começava a história propriamente dita. A verdade é que já tinha começado, mas o tom da narrativa e o muito rápido avançar dos acontecimentos, tão rapidamente descritos (não obstante, precisamente) que sentia quase só eram mencionados, fez-me sentir que a história não estava a ser explorada. 
Se Diego frequentemente afirmava que a sua longevidade lhe causava tédio e aborrecimento pelo lento ritmo da sua vida, eu senti precisamente o contrário. Excepção feita para as detalhadas e deliciosas descrições de chocolate, toda a restante acção passou a correr. Isso não seria por si só negativo, se não tivesse igualmente sentido que essa velocidade implicou um subdesenvolvimento do potencial das personagens e do enredo.

Foi uma leitura agradável e não é um mau livro, mas não me cativou. Fiquei com a sensação que o autor teria capacidade para um romance mais denso.

O melhor: O chocolate
O pior: A falta de profundidade do livro

2/5 – Está OK

07/12/2010

A Rapariga que Sonhava com Uma Lata de Gasolina e um Fósforo, Stieg Larsson


A Rapariga que Sonhava com Uma Lata de Gasolina e um Fósforo, Stieg Larsson
Editora: Oceanos
ISBN: 9789892303451


Sinopse: Depois do sucesso mundial de Os Homens Que Odeiam as Mulheres, o segundo volume da trilogia Millennium revela-se ainda mais empolgante. Enquanto Lisbeth Salander goza de uma vida aparentemente tranquila nas Caraíbas, Mikael Blomkvist, reabilitado, vitorioso, prepara um número especial da revista Millennium sobre um tema escaldante para algumas personalidades altamente colocadas: uma história sombria de prostitutas exportadas dos países de Leste. O livro que os muitos milhares de leitores de Stieg Larsson esperavam ansiosamente.




Opinião: Após a leitura do primeiro volume da trilogia Millenium, já parti para este livro com a certeza que seria mais uma dose de excelente literatura. Não sabia o quanto.

Encontramos Lisbeth Salander e Mikael Blomkvist algum tempo após os acontecimentos do livro anterior, cada um para seu lado, e cada um à sua maneira. 
No meio de uma investigação de uma rede de tráfico sexual de mulheres na Suécia prestes a expor uma série de personalidades importantes, 3 assassinatos definem o início de uma série de acontecimentos que deixam o leitor sem fôlego, mas sempre sôfrego pela página seguinte. 
Uma trama magnificamente tecida, com fios muito mais profundos e sérios do que podemos possivelmente imaginar, personagens habilmente construídas e tão reais que nos ligamos a elas. Lisbeth Salander é claramente a estrela mais brilhante, e apesar de ser uma jovem extremamente anti-social, tem a capacidade de cativar o leitor imediatamente. 

É sem dúvida um livro excelente que recomendo a toda a gente, especialmente a quem odeia os homens que odeiam as mulheres.

O melhor: Lisbeth
O pior: O final deixa-nos a arfar pela continuação!

5/5 - Excelente!


06/12/2010

Game of Thrones - Making Of

Parece que a produção está mesmo a avançar! A data de estreia adiantada é Abril de 2011 e estes vídeos que têm sido divulgados abrem mesmo o apetite. Neste making of surgem personagens que ainda não tínhamos visto e vemos mais de outras que já conhecíamos. Nunca mais é Abril!

Winter is coming.



A propósito de e-books...

Enviaram-me este video há já algum tempo, e lembrei-me de partilhar. Brilhante! Ehehe




Postado originalmente em La Repubblica.It.

04/12/2010

Eu Sou a Lenda, Richard Matheson




Eu Sou a Lenda, Richard Matheson
Título Original: I Am Legend
Tradutor: David Soares e Fernando Ribeiro
Data de publicação: 1954
Publicações Revista Visão
(original em Portugal por Saída de Emergência)



Sinopse: Robert Neville é o último homem vivo na Terra... mas não está sozinho. Todos os outros homens, mulheres e crianças transformaram-se em vampiros e estão sequiosos pelo sangue de Neville.

De dia, ele é o predador, caçando os mortos vivos pelas ruínas abandonadas da civilização. De noite, Neville barrica-se em casa e reza para que chegue a manhã.
Durante quanto tempo pode um homem sobreviver num mundo de vampiros?



Opinião: Li este livro no âmbito de um exercício de leitura conjunta no fórum Bang!, e foi um excelente exercício. Ao ler esta obra tentei ter sempre presente a data original de publicação: 1954. Não que isso tenha influenciado de forma definitiva a minha apreciação da obra, mas a consciência da “idade” da obra ajudou-me a entender que em alguns aspectos tenha “envelhecido” mal. Refiro-me essencialmente ao contexto científico e o concerne à investigação científica a que a personagem leva a cabo a dada altura no livro. Desconfio que alguns termos biológicos tenham sido prejudicados pela tradução, mas apenas por preciosismo. Posto isto, em todos os outros aspectos, achei o livro excelente.

Facilmente descobrimos pela sinopse que Robert Neville é o último ser humano vivo do planeta. Saber que não existe mais ninguém vivo à face do planeta não significa que esteja sozinho. Uma praga à escala planetária transformou todos os seres humanos (e não só) em vampiros e erradicou a civilização humana. Como se pode sobreviver em permanente ameaça por seres resilientes, violentos e sequiosos de sangue, e principalmente, que não permanecem mortos quando se matam?

E principalmente, como pode um homem viver rodeado da mais profunda solidão?
Porque é disso que se trata. A história é bem mais do que a capacidade de resistência humana da parte de um homem que se recusa a deixar-se vencer pela praga que lhe levou a família e todos os conhecidos. Esse homem que sobrevive a anos de ataques, anos de luta pela sobrevivência, sobrevive também a anos sem qualquer contacto humano. Que efeito terá isso num ser cuja parte integrante da sua biologia é a comunicação intra-específica?

Na minha opinião, a caracterização da personagem é brilhante. Todo o conflito emocional e psicológico da personagem, perdida num mundo, totalmente só, é descrito de forma magistral. A escrita não é particularmente deslumbrante, mas toda a carga emocional do homem na sua solidão e constante memória da mulher e da filha é avassaladora e bastante bem construída. Passa a quilómetros de distância dos lugares comuns, não fosse esta obra anterior a quase todas que tenho lido. Os dilemas interiores e as discussões que Robert tem consigo próprio são cheias de ritmo e humor, num tom ácido bastante compatível com uma personagem que perdeu toda a fé no futuro.

Apesar das minhas reservas relativamente à teoria científica que explica a praga, gostei do conceito de vampiro. Esqueçam o vampiro clássico, sedutor, super inteligente e bebedor de sangue dos vivos, porque esta história está construída com base numa premissa diferente em certos aspectos. Com tanto contacto com histórias de vampiros que temos tido nas últimas décadas, e com a oferta esmagadora que existe actualmente, foi uma lufada de ar fresco. Com mais de 55 anos, até podia ser ar bastante bafiento, mas não é.

É incrível como uma obra de 1954 se mantém tão actual em alguns aspectos. Sem querer revelar demasiado, considero que, por baixo da máscara de terror, esta obra encerra uma profunda e irónica crítica à sociedade humana “normalizada”. Num mundo em que todos somos iguais, não será aquele que se mostra diferente o anormal. Mas e se formos todos anormais? 


O que caracteriza o ser humano? A sua inteligência racional? A capacidade de organização em sociedade? É a humanidade a verdadeira característica da natureza humana? É no levantar de forma subtil todas estas questões, e não na luta homem vs vampiro, que esta obra se revela brilhante. Recomendo.

Além da história Eu Sou a Lenda, o livro oferece-nos 3 contos de terror, que achei deliciosos.
Nascido de Homem e Mulher, Presa e Perto da Morte. Adorei os três, mas os dois últimos achei divinais! Presa é verdadeiramente assustador, com ambiente com laivos de um Chucky tribal e um final genial.
Perto da Morte pode ser considerado um mini conto. Umas meras 2 páginas e meia de normalidade, que se torna brilhante na última linha.


Uma última nota para o filme com o mesmo nome, baseado neste livro, protagonizado por Will Smith. Foi a 3ª adaptação desta obra para o cinema, e eu não vi nenhuma delas. Tenho de tirar algum tempo para o fazer. Se sempre tive curiosidade me relação ao filme, agora que li o livro quero meramente fazer o habitual exercício de comparação. Pelo que já me foi dado a saber (começando pelo protagonista negro para interpretar uma personagem germânica) até parecem duas obras distintas, de tão diferentes que são. Para quem nunca leu o livro por achar o filme suficiente, recomendo ainda mais a leitura!


O melhor: A caracterização da personagem e os contos
O pior: Um mau envelhecimento da parte científica da história.

4/5 – Gostei Muito

29/11/2010

HBO Game of Thrones - novo teaser

Mais um teaser da aguardada série da HBO baseada nos livros de George R. R. Martin, Crónicas do Gelo e do Fogo.Confiram. Mal posso esperar!

O Inverno está a chegar.


24/11/2010

Sessão de autógrafos - Luís Sepúlveda


Em princípio lá estarei!

O público feminino no mercado editorial

As mulheres lideram os mercados de vendas. Esta é uma noção cada vez mais aceite em todo o lado, principalmente pelas lojas e pelas próprias marcas e fabricantes. Não apenas fabricantes de produtos tradicionalmente femininos, como roupa, acessórios, cosméticos e produtos para bebés, mas cada vez mais de telemóveis, computadores, automóveis, cinema, produtos de supermercado e… livros.

Sim, as mulheres compram mais, usam mais, gastam mais. As mulheres influenciam as vendas de praticamente toda a gama de produtos, e por essa razão as marcas investem no público feminino para vender mais. Os livros não são excepção. Além de comprarem mais por natureza, lêem mais e compram mais livros! Cada vez vemos mais livros publicados com a ridícula (ou talvez não) categoria de “romance feminino”, e esses livros vendem melhor ainda que pãezinhos quentes. Autores como Nicholas Sparks, Nora Roberts, Lesley Pierce e aquela de nome impronunciável que só me atrevo a copiar de algum sítio onde já esteja escrito (Sveva Casati Modignani), são muito prolíficos e um sucesso de vendas garantido. Parece que todos os meses há um novo livro da Nora Roberts! Bom, não será bem assim, mas parece.

Em contrapartida, arrisco dizer que nem todas as mulheres pertencem ao público feminino. “Oh diabo… que confusão é esta?…” pensam vocês. Eu própria, sendo mulher, tenho dificuldades em conseguir conceber encaixar-me nessa categoria.

Vejamos, quem não gosta de um bom romance? Eu admito-me culpada. Adoro um bom romance. Adoro um livro que me faça chorar. Mas… detesto um livro que só tem romance. É confuso? Talvez. Torna-se mais fácil de entender se eu disser que o romance por excelência pertence a uma história maior, é vivido por personagens bem construídas num contexto bem elaborado e é contado numa escrita que toque o leitor, sem cair na lamechice.  
Romances há muitos. Dos bons é que rareiam. Já chorei com muitos livros, e nenhum deles era um “romance feminino”.

Mas eu não pretendo desprestigiar de forma algum estes livros nem os seus leitores. Se vendem muito, é porque há muita gente a comprar. E se compram muito, são pessoas que obviamente apreciam os livros que lêem, o que faz com que invistam nesses autores sem hesitação. São livros que sem dúvida lhes proporcionam bons momentos de leitura, e é essa a função de um livro. As editoras vendem, os leitores lêem. Não é difícil de perceber a lógica, e toda a gente fica contente!

As editoras investem num género literário que lhes garante retorno, e esse investimento cada vez paga melhor. Quanto a isso, nada que eu possa, ou queira fazer.
O que me irrita é o desprestígio dessas leitoras (sim, podemos perder a cabeça a assumir que são na esmagadora maioria leitoras e não leitores!) por parte das próprias editoras. Estou a referir-me a uma “moda” mais ou menos recente que, tenho verificado, se anda a espalhar nas livrarias: Livros “enfeitados” (na falta de melhor verbalização). Deixo-vos como exemplo os livros abaixo, e certamente conhecerão mais.






Desde saquinhos giros e coloridos a lacinhos, passando por flores de plástico… É todo um novo conceito de chamar a atenção para o livro. Já para não cair na discussão das ofertas e brindes que se oferecem agora com os livros. Por favor não me façam começar! Desde ursinhos de peluche a utensílios de cozinha, até um insólito fondue na compra de um livro sobre receitas de chocolate! (é verdade!). Eu que ficava tão contente quando na compra de um livro ofereciam... outro livro! Mas isso nos dias de hoje, pelos vistos, é tão pouco original! Até comida de gato vale! 


Um livro é um livro. A razão pela qual os bibliófilos compram um livro é para o ler. É claro que a estética é importante: procuramos completar sagas com edições semelhantes, gostamos de capas bonitas e adoramos bons gráficos e uma boa edição. E há coisa mais bonita do que uma bela estante cheia de livros? Certamente não se julga um livro pela capa, mas em caso de um olhar perdido numa livraria, uma capa cativante pode chamar o olhar (o que a leitura revela depois já é outra história). Mas em última instância, compramos o livro pelo conteúdo. Porque nos dá prazer ler os livros.
Desde quando é que o acto de comprar um livro depende mais daquilo que ele traz consigo do que simplesmente do seu conteúdo? Desde que as editoras acham que para nós mulheres comprarmos um livro, basta que seja bonitinho e tenha um romance comovente, e não conseguiremos resistir. É giro, eu percebo! Eu acho giro! Mas não é por isso que vou comprar o raio do livro! A expressão "livro de gaja" nunca teve tanta força.

O que está a acontecer aos livros? A verdade é que vende, e isso é que me irrita.

Fim do desabafo.



PS- Como raio esperam que eu enfie na minha estante um livro com uma flor de plástico colada na capa? o.O'

23/11/2010

O Homem Pintado, rabiscado

Chegou hoje pelo correio o meu exemplar "encomendado" de O Homem Pintado, de Peter V. Brett. 
O autor esteve no Fórum Fantástico 2010, mas eu não pude estar presente neste evento.O Fiacha e a Puky, e também a Miah (fórum Bang!) fizeram o enorme favor de me proporcionar este pequeno prazer de ter o livro autografado pelo autor, com uma dedicatória especial para os fans portugueses no Fórum Fantástico. Adorei o esforço e paciência do senhor e a nova versão "americanizada" do meu nome :) 
Obrigada aos meus três heróis pela paciência :)



22/11/2010

Campanha Presença


O Natal chega cada vez mais cedo, e apesar da irritação que isso me causa a maioria do tempo, há coisas boas que vêm por acréscimo. É o caso desta campanha de Natal da Presença. Os livros que escolhermos para oferecer pelo site da editora, convertem-se em crédito na nossa conta cliente. Cool, hein? :)


Como funciona?

  1. Escolha a oferta. Pode ser qualquer livro pertencente ao catálogo da Editorial Presença, um cheque-livro, ou se preferir, ambos. No caso do cheque, tem apenas de definir o seu valor e deixar a escolha para o presenteado.
  2. Preencha os dados. O seu nome, a mensagem que deseja enviar, o nome do presenteado e o seu email. Se a oferta for um livro, escolha o país de destino, se pretende que o livro seja embrulhado e se deseja ocultar ou não o livro oferecido.
  3. Efectue o pagamento.
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18/11/2010

Duna, Frank Herbert

Duna, Frank Herbert
Editora: Saída de Emergência
Título Original: Dune
Tradutor: Jorge Candeias
Nº Páginas: 576



Tem nas suas mãos aquele que é considerado o melhor romance de ficção científica de sempre. Uma obra que arrebatou a crítica com o estilo poderoso de Frank Herbert e conquistou milhões de leitores com a sua imaginação prodigiosa. Prepare-se para uma viagem que nunca irá esquecer, até um longínquo planeta chamado Arrakis...


Sinopse: O Duque Atreides é enviado para governar o planeta Arrakis, mais conhecido como Duna. Coberto por areia e montanhas, parece o local mais miserável do Império. Mas as aparências enganam: apenas em Arrakis se encontra a especiaria, uma droga imensamente valiosa e sem a qual o Império se desmoronará. O Duque sabe que a sua posição em Duna é invejada pelos seus inimigos, mas nem a cautela o salvará. E quando o pior acontece caberá ao seu filho, Paul Atreides, vingar-se da conspiração contra a sua família e refugiar-se no deserto para se tornar no misterioso homem de nome Muad'Dib. Mas Paul é muito mais do que o herdeiro da Casa Atreides. Ao viver no deserto entre o povo Fremen, ele tornar-se-á não apenas no líder, mas num messias, libertando o imenso poder que Duna abriga numa guerra que irá ter repercussões em todo o Império...

  

Opinião: Confesso que uma das minhas falhas literárias é no género da FC. Para uma junky de filmes de ficção científica desde miúda, nem sei explicar porque é que nunca peguei numa verdadeira obra literária do género. Tratarei de resolver este assunto nas próximas leituras! Para já, comecei com Duna, de Frank Herbert. Aparentemente não poderia ter-me estreado com melhor material, uma vez que este é considerado “O Senhor dos Anéis da Ficção Científica”.

Travei o primeiro conhecimento com o universo de Dune na minha infância. O filme saiu antes de eu ter nascido, mas o VHS passava muitas vezes no vídeo lá de casa. Vi-o a última vez certamente há mais de 10 anos, e já recordava muito pouco da história, além de Arrakis e o Muad’Dib de olhos de profundo azul brilhante. Agora que finalmente li o livro de Frank Herbert que deu origem ao filme (e a diversos jogos, séries de tv, etc) é engraçado ter sentido que aquilo que mais recordava do filme era o que menos importância tem no contexto global do livro. Recordei os excelentes fatos destilatórios, os vermes da areia, o planeta deserto de Duna e as suas dunas, os olhos de profundo azul e as armas de laser, e claro, Muad’Dib. Mas ao recordar todas essas coisas, quase que elas foram afastadas para o segundo plano, à medida que descobria e me perdia no tom épico da história.

A casa Atreides é nomeada o poder governante no inóspito planeta Arrakis. Apesar de ser a única fonte no universo da valiosa especiaria Melange, poucos consideram Duna um destino suportável. Mas a ausência de água, temperaturas abrasadoras numa superfície quase totalmente coberta por areia e rocha e um povo nativo pouco dócil – os Fremen – não constituem o real perigo para a casa Atreides. Começamos por conhecer o jovem Paul Atreides, filho do Duque Leto Atreides e da concubina Jessica, uma Bene Gesserit que teve a ousadia de gerar um filho sem o aval da sua Ordem (e treiná-lo nos seus ensinamentos mentais e físicos). Paul rapidamente se destaca com a sua familiaridade e fácil adaptação à agreste realidade de Arrakis. Quando a conspiração do inimigo mortal, o Barão Harkonnen, se concretiza, Paul e a mãe vêm-se obrigados a recuar para o deserto profundo e a viver entre os fremen. Mas o que surgiu como uma luta pela sobrevivência torna-se um intenso propósito superior a uma simples vingança.

Este livro tem todos os elementos que uma obra literária deve ter. Tem personagens densas e cenários bem construídos. Tem um fio condutor em redor do qual se desencadeia toda a história. Tem as motivações das suas personagens expostas nas suas acções. Tem tragédia, amor, honra e um “motivo maior”. Tem um universo complexo e bem construído. E principalmente, é completamente actual, não esquecendo a data da sua publicação em plenos anos 60 do século passado!
Filosofia, religião, messianismo e propósito. Culto, tragédia, devoção e ecologia. Tudo isto é Duna.

As analogias da cultura nómada árabe na construção dos Fremen, povo do deserto estão bastante bem conseguidas e é um dos factores que torna este livro bastante actual.

Além do ”conteúdo”, este livro está bastante bem escrito. Reconheço que é um estilo pouco vulgar e por vezes difícil, mas é estimulante e compensador ao mesmo tempo. Gostei bastante das introduções a cada capítulo, com as epígrafes em forma dos excertos dos textos literários da Princesa Irulan. Dão profundidade à narrativa e impelem o leitor a querer ler mais.

Esta obra não é perfeita, como nenhuma é. As motivações internas das personagens, sempre totalmente centradas em Muad’Dib, e o tom dos discursos e dos conhecimentos prescientes de Jessica e Paul chegam a ser cansativos no seu tom repetitivo. Mas essa repetição deve-se muito ao facto de termos a visão do pensamento de todas as personagens, mudando o foco com o decorrer da acção.

O melhor romance de Ficção Científica de sempre, dizem eles. "Eles" devem ter lido muitos. Eu só li este, e fiquei totalmente rendida. É uma obra obrigatória.

O melhor: O tom épico de todo o livro
O pior: Já devia ter lido isto há anos!

5/5 - Excelente!

17/11/2010

Cat Shelf

Gosto de livros. Gosto de gatos. Nada mais a acrescentar.




O dono desta foto (e dos felinos) é Jim Skea, postado aqui