Editora: Viking (2007)
Nº de páginas: 391
Publicado originalmente: Penguin/Viking (2007)
Sinopse (da edição portuguesa): Numa época em que a guerra civil dividia a nação, Anne acreditou que podia bater-se com os melhores guerreiros. Pela espada. Por convicção. Por paixão. A Rosa Rebelde conta-nos a fascinante e turbulenta história de uma notável figura histórica, Lady MacIntosh, que ficou conhecida como coronela Anne. Foi uma heroína das Terras Altas da Escócia, uma encantadora rebelde, uma Braveheart que arriscou tudo, incluindo a sua vida, por amor ao seu país e ao seu rei. Fruto de uma cuidada investigação histórica, e com notável mestria, Janet Paisley criou uma extraordinária história de amor, conflito, lealdade e traição que se lê compulsivamente. Uma sensual aventura histórica, repleta de emoção, protagonizada por uma heroína apaixonada e irresistível.
Opinião: Mais um livro lido no âmbito da minha leitura temática sobre a Escócia. Esta é a história da personagem histórica Anne Farquharson, uma mulher de espírito guerreiro e independente, que ficou conhecida por liderar tropas e o seu povo nas Highlands escocesas contra os exércitos ingleses na revolta Jacobita de 1745.
Parti para esta leitura entusiasmada com o contexto histórico do livro, que me cativou desde o primeiro momento. Esta fase da História e cultura escocesas, os Clãs escoceses e os territórios das Highlands, que conhecia, mas acerca da qual ainda não tinha lido nenhuma obra, foi-me apresentada com personagens bem caracterizadas e interessantes, num cenário bem construído, tão credível como cativante.
Foi por isso com alguma estranheza que dei por mim a afastar-me do entusiasmo inicial à medida que fui avançando na história. Não consigo bem explicar o que não gostei. Mais do que elementos precisos, foi a maneira global como a história se desenrolou e as decisões e atitudes da personagem principal, a rebelde Anne. A maneira desapontante como o romance foi desenvolvido é, no entanto, um factor que consigo identificar sem hesitação.
Se "pôr o dedo na ferida" em relação aos pontos negativos deste livro é difícil, consigo facilmente identificar o que me fez gostar desta história. Primeiro de tudo, isso mesmo: a História. Este é um romance histórico firmemente construído em redor dos factos históricos (nem todos o são), e fruto de pesquisa competente e uma capacidade de contar História de forma interessante. Isso nota-se na escrita e no desenrolar dos acontecimentos, nos diálogos e nas personagens principais e secundárias. E claro, como em todos os livros desta minha leitura temática, o fascínio pela Escócia manifesta-se uma vez mais ao ler sobre aqueles locais, aqueles nomes, povo e cultura.
Tenho consciência que algumas das surpresas e comportamentos das personagens que me fizeram torcer um pouco o nariz à narrativa são factos reais e históricos dessas mesmas personagens. O comportamento errático e imprevisível das pessoas em contexto de guerra e rebelião terá sido precisamente o que fez com que estas personagens reais ficassem marcadas na História da Escócia e Inglaterra, e portanto não tenho como "culpar" a autora, quando a veracidade histórica foi precisamente um dos factores que valorizei.
Durante todo o livro senti-me dividida nos meus sentimentos em relação a Anne, alternando entre admiração e irritação. Mas foi sem dúvida muito interessante ler acerca de uma mulher guerreira, mas também bonita e inteligente, uma heroína independente numa época em que ainda existia uma sociedade matriacal, antes da influência do cristianismo se espalhar também pela Escócia.
Não estranhamente, a empatia com a personagem central da história reflecte-se na opinião global do livro, e passei um livro inteiro sem conseguir decidir se estava a adorar ou simplesmente a gostar da leitura, e algum tempo depois de o ter lido continuo sem saber. É sem dúvida uma leitura agradável e um bom romance histórico, mas faltou algo para me agarrar completamente.
O melhor: O contexto histórico, a história de uma mulher guerreira e independente que ficou na História.
O pior: A maneira como o romance e a história pessoal entre Anne, Aeneas e McGillivray foi explorada.
3/5 - Gostei
Eu comecei a ler este livro e tive exatamente o mesmo problema que tu: Anne. Havia atitudes dela que eram tão irritante que tive de desistir. No entanto, acho que brevemente lhe vou dar outra oportunidade.
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