2666, Roberto Bolaño
Tradução: Cristina Rodríguez e Artur Guerra
Editora: Quetzal (2009)
Sinopse:
O que liga quatro germanistas europeus (unidos pela paixão física e pela paixão intelectual pela obra de Benno von Archimboldi) ao repórter afro-americano Oscar Fate, que viaja até ao México para fazer a cobertura de um combate de boxe? O que liga este último a Amalfitano, um professor de filosofia, melancólico e meio louco, que se instala com a filha, Rosa, na cidade fronteiriça de Santa Teresa? O que liga o forasteiro chileno à série de homicídios de contornos macabros que vitimam centenas de mulheres no deserto de Sonora? E o que liga Benno von Archimboldi, o secreto e misterioso escritor alemão do pós-guerra, a essas mulheres barbaramente violadas e assassinadas? 2666.
Para se ler sem rede, como num sonho em que percorremos um caminho que nos poderá levar a todos os lugares possíveis.
Opinião: Demorei praticamente um mês a percorrer as mais de mil páginas deste enorme livre. Além de ter sido o maior livro que já li na íntegra, foi também um livro como nunca tinha lido. Fazer uma análise deste livro é uma tarefa de uma enormidade inglória e nem sequer pretendo fazê-lo. A verdade é que escrever uma simples opinião pessoal acerca desta leitura é-me extremamente difícil e fica aquém de qualquer texto que consiga construir.
As suas histórias são histórias dentro de outras histórias, com outras histórias dentro. Roberto Bolaño constrói uma teia ambiciosa com as suas palavras (que sentimos faladas, mais do que escritas), e o leitor é a mosca atraída para essa teia, e que fica capturada nela, juntamente com as dezenas de personagens que o acompanham. Essas histórias afastam-se da narrativa central, arrastando o leitor consigo, por vezes em saltos de narrativa que nos fazem esquecer por momentos quem estamos a seguir. Mas ao invés de ficarmos confusos e perdidos, quando voltamos à personagem e ao cenário de onde partimos é como se tivéssemos andado viajando, regressando naturalmente ao ponto de partida. A linguagem é tão própria e magnetizante que nos mantém no rumo, mesmo sem percebermos que rumo é esse.
Sinto que Bolaño escreve com a alma mais do que com a cabeça. Escreve sem travão, acerca de tudo o que decidiu despejar no texto de forma paralela à narrativa principal, e seguimos as estradas secundárias sobre a angústia humana, sobre injustiça, amor, dinheiro, violência e medo (da morte, de viver, de ser maltratado, de ser rejeitado, de perder e de ganhar), poder, história, cultura contemporânea, máquinas de escrever, tuberculose e Hitler. Seguimos a vida das personagens e das acções que motivam o desenvolvimento da história, mas somos constantemente deslocados dessas acções para uma saída de exploração ao interior das personagens ou em direcção a outras, e às tantas o autor regressa de repente à estrada principal como se nunca dela tivesse saído.
É um livro com um ritmo próprio, para ler com toda a disponibilidade para que se possa saborear a linguagem e todo o conteúdo.
Contém uma enorme dose da cultura latino-americana, quer seja na linguagem empregue, no contexto das narrativas ou no estado ao mesmo tempo alegre e melancólico das personagens e do tempo. Por outro lado, é ao mesmo tempo profundamente europeu, reflectindo muito percurso do próprio escritor. Tenho vontade de transcrever excertos inteiros para que me entendam como este livro é fenomenal.
Está dividido em 5 partes, aparentemente distintas.
Livro I - A Parte dos Críticos.
Começamos com a história de 4 estudiosos das letras, particularmente literatura alemã, que são unidos pela sua devoção à obra do escritor Benno von Archimboldi, um obscuro escritor do qual ninguém sabe quase nada e que nunca ninguém viu. Sabe-se apenas que é magro e incrivelmente alto. Em redor da paixão pelo escritor alemão, o francês Pelletier, o espanhol Espinoza, o italiano Morini e a inglesa Liz Norton vão desenvolver uma relação de amizade e cumplicidade que ultrapassa a devoção académica. Na busca por Archimboldi, Pelletier, Espinoza e Liz viajam até ao México (Morini, dono de uma saúde frágil, permaneceu, não por acaso, em Itália), mais concretamente a uma brutal e árida cidade perto da fronteira, Santa Teresa, onde se diz que o escritor teria estado. Qualquer semelhança com Cidade Juarez não é pura coincidência. Em Santa Teresa, os críticos tomam conhecimento da terrível onda de brutais homicídios de mulheres, além de conhecerem Óscar Amalfitano, um chileno, originário de Barcelona que traduziu para castelhano uma das obras de Archimboldi, não sendo no entanto grande entusiasta do escritor.
Livro II - A Parte de Amalfitano.
O professor universitário em Barcelona cuja mulher o deixou com a sua filha Rosa ainda bebé, muda-se para Santa Teresa, no norte do México. Numa cidade próspera, onde o desemprego é quase inexistente, Amalfitano sente o ambiente pesado e sombrio da cidade e preocupa-se com a segurança da sua jovem filha, que por sua vez se preocupa com a sanidade mental do seu não tão jovem pai, que pendurou um livro de geometria no estendal da roupa. E aí o deixou ficar.
Livro III - A Parte de Fate
A mãe de Fate morreu. A notícia da sua morte por ataque cardíaco foi-lhe dada por uma vizinha da mãe em Harlem, que no mesmo telefonema sofre ela própria uma paragem cardíaca, acabando por ter o mesmo destino. Fate é um jornalista afro-americano de uma revista "negra", que normalmente escreve sobre temas político-sociais relacionados com sua comunidade, mas devido ao homicídio do seu colega da secção de desporto, é enviado para Santa Teresa, México, para fazer a cobertura de um combate de boxe. Em Santa Teresa, Fate envolve-se no andamento sombrio e perigoso da cidade, juntamente com alguns colegas de profissão mexicanos e compatriotas não jornalistas. Algures entre a melancolia e as drogas e o sexo, Fate conhece a rapariga mais bonita que já teve a sorte de colocar os olhos em cima. Mas Rosa Amalfitano está, sem se aperceber, a enredar-se na atmosfera perigosa e doentia da cidade, que Fate detecta assim que chega a Santa Teresa. Também detecta que nenhuma mulher bonita está totalmente a salvo em Santa Teresa.
Livro IV - A Parte dos Crimes
As centenas de homicídios brutais que acontecem em Santa Teresa ao longo de anos são a base deste volume do livro. São relatos específicos, quase relatórios das brutais violações e actos de violência que culminam na morte miserável de centenas de mulheres. A idade das vítimas varia entre os 10 e os 40 anos, e se a maioria delas são mulheres trabalhadoras, operárias nas "maquilladoras" de Santa Teresa, são também prostitutas ou acompanhantes de luxo, ou mulheres de educação superior e nível social mais elevado. Os crimes são pobremente investigados, uns mais que outros, mas ainda assim é possível concluir que os criminosos são inúmeros e os crimes são diferentes. Têm apenas em comum o sexo das suas vítimas e a perversidade dos assassinos. Não obstante, surge um suspeito, alemão naturalizado norte-americano, que é acusado de algumas das mortes, e encerrado na prisão de Santa Teresa.
Livro V - A Parte de Archimboldi.
Hans Reiter nasceu na Prússia, depois da primeira guerra, filho de pai coxo e mãe zarolha. Aos 10 anos de idade, quando nasce a sua adorável e ternurenta irmã, Hans já é um jovem da mesma altura dos rapazes de 12 da sua aldeia e mais alto que a maioria dos de 15. Hans desiste da escola e vai trabalhar na ajuda à manutenção da casa do Barão von Zumpe, onde a biblioteca da família começa a atraí-lo como a escola não fez. Até a guerra chegar novamente e ser incorporado na Frente do Leste do exército alemão.
Após a guerra, Hans Reiter envolve-se na primeira relação amorosa, ao mesmo tempo que começa a escrever. Ao enviar o seu primeiro manuscrito para uma editora, decide-se pelo nome de Benno von Archimboldi.
Muito (bastante, extremamente, estupidamente) resumido, é disto que se trata 2666. No entanto, esta obra fala de muito, muito mais. É como um iceberg: encerra no seu interior muito mais do que poderíamos conseguir adivinhar ao observar a superfície. Tem muito mais conteúdo do que as suas 1030 páginas conseguem abarcar. O discurso tem frequentemente um tom mordaz e irónico, e constitui um retrato bastante acutilante de muitos aspectos negativos da sociedade mexicana e da natureza humana no geral. Deixa-nos a pensar mesmo muito tempo depois de fecharmos as suas páginas.
Abro um pequeno parênteses para referir que nesta última fase do livro, a parte de Archimboldi, a escrita de Bolaño assume um carácter ainda mais mordaz e irónico. Chegando mesmo a ser espirituoso, como se a personalidade de Archimboldi/Reiter de emiscuisse na escrita, ou como se a escrita de Bolaño nesta fase tivesse influenciado a personagem. Deixo aqui um "pequeno" excerto que adorei:
"O editor, que se chamava Michael Bittner, mas que gostava ou que lhe agradava que os amigos o tratassem por Mickey, como o ratinho, explicou-lhe que um bombardeamento de saturação era quando um monte de aviões inimigos, mas um monte grande, enorme, superlativo, lançava as suas bombas sobre uma faixa de terreno na frente um bocado de campo previamente delimitado, até que dele não restasse nem uma folha de erva.
- Não sei se me expliquei com clareza, Benno - disse ele olhando fixamente Archimboldi nos olhos.
- O senhor explicou-me com clareza total, Mickey - disse Archimboldi, ao mesmo tempo que pensava que o tipo em questão não era só chato, como também ridículo, com aquela ridicularia que só os histriões têm e os pobres-diabos convencidos de ter participado num momento determinante da História, quando é bem sabido, pensou Archimboldi, que a História, que é uma puta simples, não tem momentos determinantes, mas é sim uma proliferação de instantes de brevidades que rivalizam entre si em monstruosidade."
O autor, com o conhecimento da morte bastante próxima, tentou a todo o custo deixar a obra terminada, principalmente como legado financeiro para os seus herdeiros. As suas instruções foram para publicar as 5 partes individualmente, de forma a permitir uma maior segurança financeira aos herdeiros. No entanto estes decidiram acatar a opinião do seu amigo e editor, que a apreciação da obra só faria sentido como um todo e publicaram o livro único. Sobre o autor, deixo aqui uma ligação ao blog Bibliotecário de Babel, com um artigo interessante acerca de Bolaño e de 2666, pelo José Mário Silva.
Foram precisas seguramente mais de 100 páginas para eu me aperceber duma particularidade que é a principal característica "física" da escrita deste livro. Fiquei espantada por só após tanto texto lido (e este livro tem letra bem pequena e margens reduzidas) me ter apercebido e com a maior das naturalidades, que a escrita de Bolaño não apresenta parágrafos. Chegam a ser páginas e páginas de texto contínuo. Com o uso magistral da vírgula, com travessões e aspas a introduzir os diálogos (mas nem sempre). Depois de ouvir tanta gente afirmar que José Saramago, que nunca li, é difícil de ler devido aos diálogos corridos, frases longas e à ausência de parágrafos, fiquei naturalmente surpreendida. Dei-me ao trabalho de ir procurar algum livro de Saramago que sei que havia em casa dos meus pais (já desviado para a minha, claro!). Encontrei O Ano da Morte de Ricardo Reis (eu ia jurar que também tínhamos o Memorial do Convento) e sem ler o texto, comparei a estrutura. É que a estrutura da prosa de Roberto Bolaño, sendo semelhante, é deliciosa. Depois lá me lembrei que apesar das várias vozes que afirmam que José Saramago é "seca" e difícil de ler, tantas ou mais o veneram, e a palavra Nobel surgiu-me por fim. Fiz uma nota mental para ler Saramago o mais rapidamente possível.
Enquanto não leio o Nobel, posso dizer que a escrita de Bolaño, pela ausência de pontos finais e parágrafos, se torna alucinante e de uma velocidade estonteante (indo ao encontro à escrita sem travão, que referi acima). Ao mesmo tempo evoca a naturalidade do discurso associado ao raciocínio, sem pausas nem limitações, e passando brevemente do narrador para o diálogo.
Com a leitura deste livro decidi, e já implementei, que vou passar a andar sempre com post-its colados no livro que estou a ler (daqueles bons, que colam bem sem estragar o papel, o que é que pensam?), e marcar a página de alguma passagem particularmente especial. Isto porque ao longo deste livro abundaram as passagens deliciosas. Sei que é um livro no qual vou pegar mais vezes, quando tiver vontade, mas para já, deixo-vos aqui uns excertos que já estavam publicados na net, e que apesar de não terem sido escolhidos por mim, bem que poderiam ter sido.
Excerto da parte I:
"A certeza porém foi que nem Pelletier nem Espinoza visitaram Norton no seu quarto nem uma única vez, pelo contrário,o quarto que Espinoza visitou, uma vez, foi o de Pelletier, e o quarto que Pelletier visitou, duas vezes, foi o de Espinoza, entusiasmados como crianças perante a notícia que se espalhava mais depressa do que um rastilho de pólvora, do que uma bomba atómica, pelos corredores e pelas reuniões em petitcomitédas jornadas, ou seja, que Archimboldi era candidato ao Nobel naquele ano, uma coisa que para os archimboldistas de todos os lados era não só um motivo de imensa alegria como também um triunfo e uma vingança. A tal ponto que foi em Salzburgo, precisamente, na Cervejaria O Touro Vermelho, durante uma noite cheia de brindes, que se assinou a paz entre os dois grupos principais de estudiosos archimboldianos, isto é, entre a facção de Pelletier e Espinoza e a facção de Borchmeyer, Pohl e Schwarz, que a partir de então decidiram, respeitando as suas diferenças e os seus métodos de interpretação, juntar esforços e não voltarem a passar rasteiras uns aos outros, o que expresso em termos práticos queria dizer que Pelletier já não vetaria os ensaios de Schwartz nas revistas onde ele mantinha um certo ascendente, e Schwartz já não vetaria os trabalhos de Pelletier nas publicações onde ele, Schwartz, era considerado um deus."
Excerto da parte IV:
"Viver neste deserto, pensou Lalo Cura enquanto o carro conduzido por Epifanio se afastava do descampado, é como viver no mar. A fronteira entre Sonora e o Arizona é um grupo de ilhas fantasmagóricas ou encantadas. As cidades e as aldeias são barcos. O deserto é um mar interminável. Este é um bom sítio para os peixes, sobretudo para os peixes que vivem nas fossas mais profundas, não para os homens."
Excerto da parte V:
"Toda a obra menor tem um autor secreto e todo o autor secreto é, por definição, um escritor de obras-primas. Quem é que escreveu tal obra menor? Aparentemente um escritor menor. A mulher deste pobre escritor pode testemunhar isso, ela viu-o sentado à mesa, inclinado sobre as páginas em branco, a retorcer-se e a deslizar a sua caneta sobre o papel. Parece uma testemunha irrebatível. Mas o que ela viu é só a parte exterior. A carapaça da literatura. Uma aparência – disse o velho ex-escritor a Archimboldi e Archimboldi lembrou-se de Ansky. – Quem na verdade está a escrever essa obra menor é um escritor secreto que só aceita os ditados de uma obra-prima.
O nosso bom artesão escreve. Está enfronhado naquilo que vai plasmando bem ou mal no papel. A sua mulher, sem que ele o saiba, observa-o. Efectivamente, é ele quem escreve. Mas se a sua mulher tivesse uma visão de raios X aperceber-se-ia de que não assiste propriamente a um exercício de criação literária, mas sim a uma sessão de hipnotismo. No interior do homem que está sentado a escrever não há nada. Nada que seja ele, quero dizer. Quão melhor faria esse pobre homem dedicando-se à leitura. A leitura é prazer e alegria de estar vivo ou tristeza de estar vivo e sobretudo é conhecimento e perguntas. A escrita, em compensação, costuma ser vazio. Nas entranhas do homem que escreve não há nada. Nada, quero dizer, que a sua mulher, num dado momento, possa reconhecer. Escreve por ditado. O seu romance ou poemário, decentes, decentezinhos, saem não por um exercício de estilo ou vontade, como o pobre desgraçado julga, mas sim graças a um exercício de ocultamento. É necessário que haja muitos livros, muitos pinheiros encantadores, para que escondam de olhares avessos o livro que realmente importa, a maldita gruta da nossa desgraça, a flor mágica do Inverno!
Desculpe as metáforas. Às vezes excito-me e fico romântico. Mas escute. Toda a obra que não seja uma obra-prima é, como lhe dizer, uma peça de uma vasta camuflagem. Você foi soldado, calculo, e já sabe ao que me refiro. Todo o livro que não seja uma obra-prima é carne para canhão, infantaria esforçada, peça sacrificável dado que reproduz, de múltiplas maneiras, o esquema da obra-prima. Quando compreendi esta verdade deixei de escrever. A minha mente, porém, não deixou de funcionar. Pelo contrário, ao não escrever
funcionava melhor. Perguntei-me: porque é que uma obra-prima precisa de estar oculta?, que estranhas forças a arrastam para o segredo e o mistério?
Já sabia que escrever era inútil. Ou que só valia a pena se uma pessoa estiver disposta a escrever uma obra-prima. A maior parte dos escritores engana-se ou brinca. Talvez enganar-se e brincar seja a mesma coisa, as duas faces da mesma moeda. Na realidade, nunca deixamos de ser crianças, crianças monstruosas cheias de dói-dóis e de varizes e de tumores e de manchas na pele, mas crianças afinal, isto é, nunca deixamos de nos agarrar ferreamente à vida dado que somos vida. Também se poderia dizer: somos teatro, somos música. De igual maneira, pouco são os escritores que renunciam. Brincamos a julgarmo-nos imortais. Enganamo-nos no
julgamento das nossas próprias obras e no julgamento sempre impreciso das obras dos outros. Vemo-nos no Nobel, dizem os escritores, como quem diz: vemo-nos no Inferno."
in 2666, Roberto Bolaño. Tradução de Cristina Rodríguez e Artur Guerra, Quetzal, 2009
Sei que muito do que queria expor ficou por dizer, e certamente muito me terá escapado (e que poucas almas leram este texto até ao fim). É um livro denso e tão engraçado como terrivelmente sério. Marca-nos assim que começamos a desfolhar as primeiras páginas. A única justiça que posso fazer a este livro é recomendar a sua leitura. Entendo que não seja uma leitura fácil para alguns e que possa ser cansativa pela sua extensão (é um livro realmente longo) e densidade. Recomendo pois que este livro seja lido com calma e seguindo um ritmo muito particular, pois se for lido com prazer e devidamente apreciado, é sem dúvida uma leitura daquelas que nunca esquecemos.
Por fim, para os resistentes e audazes que leram este testamento e querem ler mais… Vão ler o livro! Depois disso, passem no blog HÁ SEMPRE UM LIVRO… à nossa espera!, onde está publicada uma fenomenal análise de 2666 (atentem, não uma mera opinião ou suposta crítica, mas uma verdadeira análise), pela Cláudia de Sousa Dias. A análise do livro está publicada em 5 partes (uma para cada parte do livro), não percam nenhuma. Recomendo que leiam primeiro o livro ou circulem cuidadosamente, devido aos spoilers.
O melhor: A entrega de Bolaño na sua escrita
O pior: É tão pesado…
5/5 – Excelente!